Por: Lucas de Azevedo
Um tiroteio devastador interrompeu a celebração do festival judaico de Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, no último domingo (14), deixando 16 mortos e 29 feridos, incluindo dois policiais e uma criança. Dois homens abriram fogo contra a multidão, com um suspeito morrendo no local e o outro detido em estado crítico; a polícia investiga possível envolvimento de um terceiro atirador.
O comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou o incidente como “terrorista” em coletiva de imprensa no mesmo dia, destacando que “o estado de saúde desses agentes e dos demais feridos é grave”, enquanto os sobreviventes foram levados a hospitais da cidade.
Entre as vítimas está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, e um israelense, sem confirmação oficial de motivação antissemita, embora o chefe da Associação Judaica da Austrália tenha chamado o ataque de “tragédia totalmente previsível”.
Testemunhas descreveram cenas de pânico absoluto, com um brasileiro relatando que “escutei dois barulhos de tiro e o pessoal continuou normal porque pensaram que era fogos”, mas logo “começou a dar sequência de tiro sem parar”, forçando todos a correrem enquanto viam “um monte de gente sangrando” e mães procurando filhos, com polícia chegando em minutos para tentar ressuscitar vítimas.
O governador de Nova Gales do Sul, Chris Minns, elogiou em coletiva um herói anônimo que desarmou um atirador, afirmando:
“É a cena mais inacreditável que já vi: um homem se aproximando de um atirador sozinho, o desarmando, colocando sua própria vida em risco para salvar a vida de inúmeras outras pessoas”; ele adicionou que “esse homem é um herói genuíno e não tenho dúvidas de que muitas pessoas estão vivas esta noite graças à sua bravura”. Até o momento, o Itamaraty confirma ausência de brasileiros entre as vítimas.





