Tragédia em Hong Kong: aumenta o número de mortos no incêndio nos arranha-céus, 44 e centenas desaparecidos

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Na última quinta-feira, 27, as operações de resgate continuavam em Hong Kong após o incêndio devastador que atingiu o complexo residencial Wang Fuk Court, no distrito Tai Po. O fogo alastrou-se rapidamente por sete dos oito edifícios de 32 andares, deixando até o momento pelo menos 44 mortos, incluindo um bombeiro, e cerca de 279 pessoas desaparecidas.

As condições de combate às chamas permaneciam difíceis, devido à elevada temperatura dentro dos prédios e ao risco de queda de escombros, dificultando o acesso das equipes de salvamento.

A superintendente sênior da polícia, Eileen Chung, enfatizou a possível negligência da empresa de construção responsável pelo uso de materiais inflamáveis nas paredes externas dos edifícios, que aceleraram a propagação do fogo:

“Temos razões para acreditar que os responsáveis pela empresa de construção foram extremamente negligentes”.

Além disso, a polícia encontrou esferovite inflamável colada às janelas de cada andar, cuja finalidade ainda está sendo investigada. Três homens ligados à construtora foram detidos e investigados por homicídio involuntário.

Derek Armstrong Chan, diretor-adjunto das operações dos serviços de bombeiros, comentou sobre as dificuldades enfrentadas no combate ao incêndio: “A temperatura no interior dos edifícios em causa é muito elevada. É difícil para nós entrar no edifício e subir as escadas para efetuar operações de combate a incêndios e de salvamento”.

Cerca de 4.800 moradores habitavam os prédios, muitos idosos, com cerca de 1.000 pessoas levadas para abrigos temporários. O incêndio, o mais mortal em décadas na cidade, iniciou-se nos andaimes de bambu externos, facilitando o rápido avanço do fogo pelas redes de construção, possivelmente impulsionado pelo vento.

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