Por Euronews
O presidente dos EUA, Donald Trump, retornava a Washington após um encontro presencial com o líder chinês Xi Jinping na quinta-feira, último dia de uma viagem à Ásia que proporcionou aos líderes das duas maiores economias do mundo a oportunidade de estabilizar as relações após meses de turbulência devido a questões comerciais.
Washington e Pequim estão “em acordo em muitas coisas”, disse Trump após a reunião que durou pouco mais de 100 minutos, na qual os dois líderes saíram pela porta da frente e conversaram brevemente.
Pouco depois, ambos os líderes deixaram o local da reunião, e Trump já estava de volta a bordo do Air Force One para retornar aos EUA. Enquanto os repórteres aguardavam o resultado e as conclusões da reunião, Trump anunciou prontamente que os EUA poderiam assinar um acordo comercial com a China “muito em breve”.
Redução das tarifas : Os Estados Unidos reduzirão imediatamente as tarifas sobre todos os produtos chineses que haviam sido implementadas anteriormente em resposta ao fluxo de ingredientes químicos para o fentanil para os Estados Unidos”, disse ele.
Trump disse que as tarifas de importação de produtos chineses seriam reduzidas para 47% e que a China começaria a comprar soja a granel, como anunciado anteriormente, “o que eu apreciei”.
Pequim enfrentou novas tarifas este ano, totalizando 30%, das quais 20% foram vinculadas ao que Washington alega ser o papel da China na produção de fentanil.
Mas as taxas alfandegárias têm sido voláteis. Em abril, Trump anunciou planos para aumentar a taxa sobre produtos chineses para 145%, mas abandonou esses planos quando os mercados reagiram negativamente.
Terras raras : Trump diz que não haverá mais obstáculos da China.
“Todas as terras raras já foram exploradas, e isso vale para o mundo todo… Essa era uma situação mundial, não apenas dos EUA”, disse Trump a repórteres. “Não há mais nenhum obstáculo da China”, acrescentou o líder americano.
O uso agressivo de tarifas por Trump desde que retornou à Casa Branca para um segundo mandato, combinado com as restrições retaliatórias da China às exportações de elementos de terras raras, conferiu à reunião uma urgência renovada. Houve um consenso mútuo de que nenhum dos lados quer correr o risco de implodir a economia mundial de maneiras que possam comprometer a prosperidade de seus próprios países.
