Por: Lucas de Azevedo
Na última quinta-feira, 27,o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou por meio de sua rede social Truth Social que concederá indulto ao ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, condenado a 45 anos de prisão nos EUA por facilitar o tráfico de centenas de toneladas de cocaína. Trump afirmou que Hernández foi “tratado de forma muito dura e injusta” e reiterou seu apoio ao candidato Nasry “Tito” Asfura, do Partido Nacional, destacando em sua mensagem: Votem em Tito Asfura para presidente; parabens a Juan Orlando Hernández por seu indulto.
Nasry Asfura, empresário e ex-prefeito da capital Tegucigalpa, respondeu negando qualquer conexão pessoal com Hernández, dizendo que “o partido não é responsável por ações pessoais”. Trump também criticou seus adversários políticos, acusando o candidato Salvador Nasralla de tentar dividir votos e chamando a candidata Rixi Moncada de comunista, associando sua possível vitória ao fortalecimento do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O indulto ocorre durante o destacamento militar dos EUA no Mar do Caribe e Oceano Pacífico, declarado para combater o tráfico de drogas.
A condenação de Hernández foi confirmada em 2024 por um tribunal de Nova York, após ser extraditado logo após deixar a presidência em 2022. Segundo a Justiça americana, Hernández usou seu mandato para proteger e enriquecer traficantes, auxiliando o trânsito de cocaína entre Colômbia, Venezuela e os EUA.
O procurador-geral Merrick Garland qualificou seu mandato como um narco-estado, termo contestado por Trump em defesa do ex-presidente hondurenho. Esta decisão de Trump marca um novo capítulo nas relações políticas entre EUA e Honduras em meio à complexa situação regional.





