Por Metrópoles
Em meio a ataques militares no Caribe e acusações contra o presidente colombiano Gustavo Petro, o norte-americano Donald Trump volta atenção à América Latina, como peça central para recompor o poder dos Estados Unidos no tabuleiro geopolítico. A nova ofensiva de Washington ocorre em um momento em que o país enfrenta uma própria crise de hegemonia e tenta conter a expansão econômica e diplomática da China.
Os EUA enfrentam hoje duas crises: uma interna, causada pela divisão política do país, e outra externa, marcada pela dificuldade em manter a influência no cenário global. Ao lidar com esse cenário, Trump recorre a América Latina na tentativa de se “reestruturar”.
Interesse econômico
A estratégia do republicano combina pressão militar, chantagens econômicas e negociações seletivas com governos da região. Além da Colômbia, o presidente norte-americano intensificou as ameaças à Venezuela, impôs tarifas ao Brasil e anunciou apoio financeiro à Argentina, onde aposta no alinhamento de Javier Milei.
Disputa com a China e riscos para o Brasil
A presença chinesa na América Latina é outro fator central. Nas últimas duas décadas, Pequim ampliou investimentos em infraestrutura, energia e mineração na região, áreas antes dominadas por Washington.
Trump busca recompor a hegemonia, controlando a narrativa
Ao adotar uma política externa agressiva, combinada a um discurso “moralista” e à defesa de interesses econômicos, o governo Trump busca reagir à crise que atinge o centro do poder norte-americano.





