Por Euronews
O presidente dos EUA, Donald Trump, reuniu-se na quarta-feira, 28, com o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, na última etapa de sua viagem pela Ásia, buscando fechar um acordo comercial com Seul que parece cada vez mais difícil de alcançar. Ao falar sobre comércio internacional em Seul, Trump sugeriu uma abordagem mais conciliatória do que sua postura confrontativa habitual. “Os melhores acordos são aqueles que funcionam para todos”, disse ele.
Trump elogiou a “relação muito especial” entre os dois países durante um discurso em um fórum empresarial. Ele afirmou que os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão “unidos” e que estão “muito perto” de um acordo.
Mas a disparidade entre o que Trump está pedindo e o que a Coreia do Sul pode oferecer ameaça ofuscar o encontro entre Trump e Lee Jae-myung em Gyeongju, cidade histórica que sedia a cúpula anual da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
Segundo altos funcionários em Seul e Washington, o principal obstáculo para um acordo continua sendo a exigência de Trump de que a Coreia do Sul invista US$ 350 bilhões nos EUA.
Autoridades coreanas afirmam que a oferta de dinheiro em espécie poderia desestabilizar a própria economia e, por isso, preferem oferecer empréstimos e garantias de empréstimo. Seul também precisaria de uma linha de swap para gerenciar o fluxo de sua moeda para os EUA.
Em discurso no fórum antes da chegada de Trump, Lee alertou contra as barreiras comerciais.
“Numa altura em que o protecionismo e o nacionalismo estão em ascensão e as nações se concentram na sua sobrevivência imediata, palavras como ‘cooperação’, ‘coexistência’ e ‘crescimento inclusivo’ podem soar vazias”, afirmou. “Contudo, paradoxalmente, é em momentos de crise como este que o papel da APEC como plataforma de solidariedade se destaca ainda mais.”





