Por: Catanduva Júnior
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última segunda-feira (22), durante coletiva de imprensa ao lado do secretário de Guerra, Pete Hegseth, e do secretário da Marinha, John Phelan, que o governo norte-americano vai manter sob seu controle os 1,9 milhão de barris de petróleo apreendidos em um navio-tanque na costa da Venezuela, além de ficar com os navios envolvidos.
“Vamos ficar com ele. Vamos ficar com os navios também”, disse Trump, ao comentar a terceira interceptação em pouco mais de 10 dias, incluindo o navio Centuries no último sábado (20) e o Skipper em 10 de dezembro, como parte de uma estratégia de “bloqueio total” a embarcações sancionadas que entrem ou saiam de portos venezuelanos.
Trump também anunciou a construção de novos navios de guerra da “classe Trump” e indicou conversas com empresas petrolíferas americanas sobre um possível governo pós-Maduro, respondendo de forma evasiva sobre forçar a saída do líder chavista: “Ele pode fazer o que quiser. Se ele bancar o durão, será a última vez que ele poderá bancar o durão”.
Do lado venezuelano, o presidente Nicolás Maduro reagiu acusando os EUA de uma “campanha de agressão de terrorismo psicológico e corsários que assaltaram petroleiros”, enquanto o chanceler Yván Gil confirmou em pronunciamento na TV estatal o sequestro de cerca de 4 milhões de barris de petróleo em dois navios no Caribe, classificando a ação como “roubo” e “bloqueio naval absoluto contra os petroleiros que transportavam a energia venezuelana”.
Maduro afirmou que o país está preparado para “acelerar a marcha da Revolução profunda”, em meio à escalada de operações navais americanas no Caribe, justificadas por Washington como cumprimento de sanções internacionais contra o regime chavista, principal fonte de receitas via petróleo.

