Por: Lucas de Azevedo
A Procuradoria-Geral de Istambul emitiu, nesta sexta-feira, 7, um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e 36 altos funcionários do governo israelense, acusando-os de genocídio e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. Segundo o comunicado, essas acusações se baseiam em atos sistemáticos de violência que resultaram em milhares de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças, além da destruição de áreas residenciais.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou em coletiva que o cessar-fogo entre Israel e Hamas permanece “muito frágil” e criticou Israel por não acreditar nos objetivos do acordo, reforçando que o lado palestino tem cumprido as condições com responsabilidade. Fidan destacou ainda que a Turquia defende a discussão no Conselho de Segurança da ONU sobre o envio de uma força internacional para garantir a trégua.
A investigação turca também abordou a interceptação de navios da flotilha Sumud, que tentavam levar ajuda humanitária a Gaza, onde vítimas foram detidas e deportadas para a Turquia para prestar depoimentos e exames forenses. Desde agosto, a Turquia suspendeu completamente suas relações comerciais e logísticas com Israel, proibindo navios turcos nos portos israelenses e uso do espaço aéreo turco por aviões israelenses.
Fidan declarou que nenhuma outra nação rompeu seus laços com Israel tão completamente quanto a Turquia. A imagem que acompanha este relato é do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, refletindo o momento da grave acusação.

