Ucrânia desiste da Otan e aposta em “Artigo 5” paralelo para tentar encerrar a guerra

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Zelensky sinalizou uma guinada histórica na estratégia de segurança da Ucrânia ao admitir, no último domingo (14), que o país abre mão do objetivo de aderir à Otan em troca de salvaguardas concretas de segurança oferecidas pelos Estados Unidos, países europeus e outros aliados.

Em Berlim, antes de reuniões mediadas pelo chanceler alemão Friedrich Merz e com a presença do enviado do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, o líder ucraniano classificou as novas garantias – “semelhantes ao Artigo 5” da Otan como um compromisso de Kiev para tentar encerrar a guerra, deixando claro que o foco agora é obter garantias jurídicas, uso de ativos russos congelados na reconstrução e um arranjo que impeça uma nova invasão, mesmo sem o escudo formal da aliança militar ocidental.

Na mesma viagem, registrada por imagens oficiais do Gabinete Presidencial ucraniano, Zelensky lembrou que a entrada na Otan chegou a ser inscrita na Constituição como meta estratégica, mas ressaltou que parte dos parceiros ocidentais nunca apoiou plenamente esse caminho, abrindo espaço para o modelo de acordos bilaterais de segurança que, segundo ele, podem oferecer proteção equivalente sem aprofundar o confronto com Moscou.

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