UE aprova cotas de pesca para 2026 após negociações acirradas em Bruxelas

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No último sábado (13), o Conselho de Ministros de Agricultura e Pesca da União Europeia (UE) aprovou limites de captura e esforço pesqueiro para 2026, e em alguns casos até 2028, regulando estoques comerciais críticos no Atlântico, Mar do Norte, Mediterrâneo e Mar Negro, após dois dias intensos de debates que equilibraram recomendações científicas com a viabilidade econômica do setor.

O ministro dinamarquês das Pescas, Jacob Jensen, destacou em entrevista no mesmo dia:

“O pacto dá aos pescadores certeza sobre suas possibilidades de pesca para 2026 e busca garantir as melhores condições possíveis para um setor pesqueiro sustentável no futuro”.

Ajustes incluem aumentos como 12% para megrim ao sul da Baía de Biscaia e 54% para lagosta norueguesa na mesma área, mas reduções drásticas em espécies como linguado comum (45% no Kattegat e Báltico), cavala em águas portuguesas (5%), pollock (13%) e tamboril (1%), com cotas provisórias para cavala reduzidas em 70% no primeiro semestre, pendentes de consultas atlânticas.

No Mediterrâneo Ocidental, o nível de esforço para arrastões em 2025 foi mantido, assim como limites para camarões azul e vermelho, enquanto no Mar Negro o turbot teve leve queda; a Espanha celebrou a preservação de 143 dias de pesca em 2026, evitando cortes propostos, com o ministro da Agricultura Luis Planas declarando no X, no último sábado (13):

“Encerramos dois dias intensos de negociações em Bruxelas. Conseguimos um resultado favorável”. O acordo, que combina tamanho de embarcações, potência de motor e dias de pesca, reflete concessões como dias extras para práticas sustentáveis, atendendo protestos espanhóis e promovendo recuperação de estoques vulneráveis.

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