Por: Lucas de Azevedo
Na manhã desta quinta-feira, 20, a União Europeia se posicionou firmemente contra um plano de 28 pontos para encerrar o conflito na Ucrânia, que estaria sendo elaborado em segredo pelos Estados Unidos e Rússia, sem a participação de líderes ucranianos e europeus. Kaja Kallas, representante da UE para assuntos externos, afirmou à imprensa:
“Para qualquer plano funcionar, é preciso que ucranianos e europeus estejam a bordo. Isso é muito claro.” Kallas destacou ainda que:
“Putin poderia encerrar essa guerra imediatamente se parasse de bombardear civis e matar pessoas, mas não há concessões do lado russo.”
O ministro das Relações Exteriores holandês, David van Weel, confirmou a ausência da Europa nas negociações até o momento.
“Não fomos envolvidos no plano. Não sei se a Ucrânia foi envolvida. O importante para nós é que, qualquer que seja o plano, ele tenha o apoio da Ucrânia,” disse Van Weel.
Já parlamentares como Jean-Noël Barrot e Lars Løkke Rasmussen reforçaram a necessidade de um cessar-fogo imediato e incondicional como base para o diálogo, posição endossada por Kiev e Washington, mas recusada por Moscou.
A reunião dos ministros europeus nesta quinta-feira também discutiu opções para apoiar a Ucrânia militar e financeiramente nos próximos anos, com propostas inovadoras como o uso dos ativos congelados do Banco Central da Rússia para um empréstimo a juros zero destinado à reconstrução ucraniana.
Maria Malmer Stenergard, ministra da Suécia, enfatizou que:
Não pode haver paz sem a Ucrânia, e a Europa tem que estar à mesa. Precisamos de mais assistência para a Ucrânia e maior pressão sobre a Rússia para mudar essa equação e forçar Moscou a levar as negociações a sério”.





