Venezuela ativa comandos integrados de defesa para proteger a soberania em meio a tensões internacionais

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgou na terça-feira, 11, a Lei do Comando para a Defesa Integral da Nação, estabelecendo um sistema unificado de comandos de defesa que reúne forças militares, entidades governamentais e setores civis para garantir a proteção territorial e a coesão interna em casos de conflito. Em pronunciamento transmitido pela emissora estatal VTV,

Maduro afirmou que a nova lei visa fortalecer a soberania venezuelana diante de ameaças externas e internas, afirmando que “se a Venezuela precisar ir à luta armada para defender sua soberania, estaremos prontos para vencer e triunfar pelo caminho do patriotismo e da coragem”.

A legislação, composta por 22 artigos, foi oficialmente sancionada em uma cerimônia no Palácio de Miraflores, em Caracas, e prevê a ativação imediata dos comandos a nível nacional, estadual e municipal, envolvendo a população e as forças armadas em uma estratégia integrada de defesa.

Maduro destacou que essa iniciativa é uma resposta a uma “agressão permanente” e uma rejeição ao intervencionismo imperial que ameaça a multipolaridade e a independência do país.

“A Lei do Comando para a Defesa Integral da Nação é um instrumento legal vital para proteger a integridade territorial da Venezuela e para a fusão plena do poder popular, militar e policial”, declarou o presidente.

A assinatura da lei ocorre num contexto geopolítico tenso, com a presença do porta-aviões americano Gerald Ford no Caribe e declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizando possibilidades de ações militares contra a Venezuela, que Maduro classificou como provocação imperialista.

Em reação, o governo venezuelano tem intensificado treinamentos e exercícios militares e prepara uma estratégia de defesa que inclui táticas de guerrilha e mobilização civil para resistir a qualquer tentativa de intervenção estrangeira.

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